Grupo de Estudos Interdisciplinares do Ambiente
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Título: POPULAÇÕES TRADICIONAIS E O PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA: CONSTRUINDO AS PONTES PARA A GESTÃO AMBIENTAL E CULTURAL DE ÁREAS NATURAIS PROTEGIDAS
Coordenador: Profº. Drº. Douglas de Souza Pimentel
Bolsista: Mariana da Costa Silva
Modalidade de bolsa: Extensão (SR-3/UERJ)
Parceria: Programa de Educação SocioAmbiental (PESA) do Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI)


Resumo: A região do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) já foi um centro de produção agrícola na cidade de Niterói. Com o fim dessas atividades, as comunidades de pequenos sitiantes e pescadores permaneceram e algumas foram afetadas pela criação do Parque em 1991. As populações tradicionais dependem dos recursos naturais para a subsistência, reproduzindo as suas atividades sociais e culturais em unidades de produção familiar com transmissão de conhecimentos e práticas ao longo das gerações. O objetivo do presente projeto é relatar as relações entre essas populações e o PESET. Há pesquisa bibliográfica e realização de entrevistas com seus representantes. Além disso, entrevistas realizadas no contexto de outros projetos estão sendo transcritas para a formação de um corpus documental que perpetue o conhecimento da história local. Durante a criação do Parque, essas comunidades, também a fim de fazer frente às forças políticas atuantes na região e assegurarem seu direito sobre o espaço em que vivam se reconheceram como tradicionais. Além disso, esses direitos, expressos na lei de criação do PESET, também expõem a precariedade jurídica e social a que foram expostas. Dentre as diversas questões discutidas, os entrevistados relatam sobre como a criação e gestão do Parque intervém no seu modo de vida, ressaltando a descaracterização identitária e cultural. Ainda há um grande desafio em romper as barreiras existentes entre a comunidade local e o estado, que administra o Parque por intermédio de seu órgão gestor, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Os moradores relatam a falta de diálogo e as proibições legais. Conclui-se que a inserção social dos parques também passa pela reflexão sobre essa situação e o reconhecimento de que culturas tradicionais, que se relacionam com esses espaços protegidos, são fortemente afetadas pela sua legislação e gestão.